Análise SWOT

Análise SWOT

Atualmente, devido a um mercado tão competitivo, o planejamento vem ganhando bastante destaque para qualquer organização que queira se desenvolver e obter êxito no seu âmbito de atuação. Esse conceito surgiu da necessidade das instituições públicas e privadas pensarem em um caminho para ‘sobreviver’ diante das mudanças cada vez mais rápidas do ambiente e alcançarem um futuro desejado. (MELO, 2008).

De acordo com Oliveira (2004), o primeiro passo para concepção do planejamento estratégico é realizar um diagnóstico para gerar informações sobre os ambientes interno e externo da organização. Essa etapa é considerada de grande importância para tomadas de decisões, devendo as informações coletadas retratarem os ambientes em sua realidade, para que a organização possa se estruturar para enfrentar as variáveis que possam vir a existir.

Diante dessa necessidade muitos gestores recorrem a análise SWOT, termo que é representado por um acrônimo das palavras Strengths, Weaknesses, Opportunities e Threats. Porém é bastante usual no Brasil usarem o termo em sua tradução literal. Dessa forma utiliza-se a sigla FOFA, que significa respectivamente as palavras Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças.

Elaborada por Albert Humphrey entre as décadas de 1960 e 1970, a Análise SWOT auxilia na identificação do cenário, permitindo a avaliação do ambiente interno e externo que envolve a organização. Esta separação é necessária, pois a organização tem que agir de forma diferente em cada uma destas situações (DUARTE et. al, 2006). Para KOTLER (2000) essa análise pode ser definida como uma ferramenta que permite uma avaliação global do cenário mercadológico, para que assim, possa se apontar onde devem ser alteradas as estratégias para melhorar ou manter os processos, caso esteja dando um resultado positivo.

Ao se realizar uma análise de cenário, pode-se projetar as ações da organização dividindo-as para cada ambiente, conforme suas características. O ambiente interno trata-se de todas as vertentes que são controláveis pela empresa, como recursos, capacidade produtiva e corpo técnico. Neste sentido, temos duas linhas, sendo elas as forças e as fraquezas, nos quais a primeira indica as características da organização que a fortalece e garantem vantagens competitivas, assinalando as aptidões que a destaca e diferencia da concorrência de uma forma geral e não apenas em relação aos seus produtos e serviços oferecidos. Já a fraqueza, por sinal, indica as desvantagens e fragilidades que podem prejudicar sua competitividade no mercado em que atua.

No ponto de vista do ambiente externo, este exibe o cenário em que a organização não exerce influência alguma, como a política e a economia. Nesta análise, temos outros dois aspectos, que são as oportunidades e ameaças. As oportunidades são os aspectos que a organização pode absorver para obter benefícios, ou seja, utilizar-se das variáveis externas para atingir resultados que lhe são favoráveis. Já as ameaças, são atos que podem atrapalhar a manutenção da organização, o êxito de suas estratégias ou até mesmo a capacidade de relação com seus fornecedores e clientes (stakeholders), o que pode interferir diretamente em sua competitividade. Esse fato pode ocorrer devido a vários fatores como perda de funcionários-chave, mudanças de status quo (no que diz respeito às leis e regulamentações), crescimento de um segmento de mercado contrário ao seu ramo de atuação, entre outros.

A realização da análise SWOT tem grande valia para o gestor, uma vez que, por meio dessa análise mercadológica, pode-se identificar os elementos-chave para a gestão da organização, alinhando as estratégias com o seu público-alvo, o que permite, dentre outros aspectos, a redução de riscos do planejamento. Dessa forma, a análise permite entender a posição da organização perante os concorrentes, conferindo mais confiança, segurança e força para lidar com os imprevistos e situações desafiadoras, o que proporciona ao gestor a tomada de decisões estratégicas mais assertivas e eficazes.

 

REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO

KOTLER, Philip. Administração de Marketing, 10ª Ed. São Paulo: Prentice Hall, 2000.

MELO; D. V.; OLIVEIRA, R. L.; FILHO; R. A. M. (2008); Processo de elaboração, implantação e avaliação de desempenho em planejamento estratégico – Estudo de caso em uma empresa de reciclagem. São Paulo: XI Simpósio de Administração da Produção, Logística e Operações Internacionais.

OLIVEIRA, D. P. R. (2004); Planejamento estratégico – conceitos, metodologias e práticas. São Paulo: Atlas.

DUARTE, C.; ETTKIN, L. P.; ANDERSON, M. S. (2006);  A SWOT analysis. Competitiveness Review, The challenge of Venezuela v.16, n. 3, p 233 – 247.